quinta-feira

Racismo no futebol na União Européia volta com força depois da Copa


O racismo no futebol é uma situação recorrente na União Européia, que ultimamente vem tendo algumas iniciativas de combate por parte de federações nacionais e FIFA, inclusive com manifestações durante a Copa na África. A crise da seleção francesa, por exemplo, é emblemática, mais antiga e mais séria do que o conteceu depois da eliminação precoce no Mundial da África do Sul.

A França, como outros países da União Européia, nunca conviveu muito bem com uma seleção - e times - cheia de negros, árabes ou muçulmanos fossem eles imigrantes ou não. Só na seleção de 2006 eram 16 negros nativos e/ou imigrantes entre os 23 selecionados, dentre os quais o argelino Zinedini Zidani, o herói nacional do único título francês.

Na África do Sul eram 13 negros dentre os 23 jogadores. Como pode ver na imagem acima dos jogadores que entraram em campo contra o México. Se antes um Zidani ou Hanry arrefeciam os ânimos, agora, o fantasma do racismo e do sentimento anti-imigrante que sempre existiu, volta com força em manifestações – ainda incipientes – que exigem a exclusão de negros, muçulmanos e imigrantes da seleção, por uma seleção branca e genuinamente francesa.

Se em 1998, com o título do mundial a “la Bleu” era ovacionada como a “Black, Blanc e Beur” , negra, branca e árabe, hoje, os tempos mudaram e esquentaram no país.

Entretanto, a seleção francesa não é a única com negros, árabes, turcos, muçulmanos, imigrantes ou não em toda a União Européia. Resta saber se todos forem “excluídos”, algumas não vão ter como jogar. É o caso da Alemanha, por exemplo, com grande parte do elenco formado de imigrantes turcos, poloneses e até brasileiros, que costuma colocar em campo mais imigrantes do que nativos, inclusive suas grandes estrelas o turco Mesut Özil, e os poloneses Lukas Podolski e Miroslav Klose.

O problema de racismo em comunidades da União Europeia não é um fato novo e nem se limita ao futebol. Existem partidos fascistas que teem sua plataforma política baseada na discriminação, propaganda e combate, não apenas aos negros e árabes, mas a todos imigrantes.

Mas, como ocorreu na França, basta que os resultados apareçam para que a cor/raça, origem e crença religiosa sejam deixadas de lado. Basta ver a situação da Alemanha e sua seleção de imigrantes para imaginar que dificilmente será hostilizada, depois da campanha que fêz na Africa do Sul, mesmo não tendo levaodo a Copa 2010. Não é verdade?

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